ARTISTAS
DIVA PELLA
Ceramista, Brasileira, natural de Sertãozinho/SP, hoje residente em Ribeirão Preto /SP, construiu sua carreira como arquiteta, onde atuou por quase 30 anos, área que se destacou com seus projetos e foi premiada 8 vezes como arquiteta do ano, e vencedora do concurso público para o projeto da Câmara Municipal de Sertãozinho.
Após um ano sabático, em 2013, foi a procura de algo que lhe trouxesse a alegria e o prazer pela arte e pela criação. Após experimentar vários tipos de artes, participou de um congresso das "artes do fogo" em São Paulo, onde diz ter sido um divisor de águas em sua vida.
Neste congresso viu e se apaixonou pelas possibilidades permitidas por esta arte, não parando mais de buscar e experimentar, curtir e se dedicar, viver e amar a arte do barro se transformar em cerâmica através de suas mãos.
Encantada com a ideia de buscar a beleza no imperfeito, não se cansa de interferir, desconstruir e recriar como forma de auto liberação das normas e padrões criando uma experiência única e dinâmica.
Participou:
Feiras e exposições na cidade de Ribeirão Preto.
CONTAF - Congresso Nacional de Técnicas para as Artes do Fogo /2014 em São Paulo e 2017 em Campinas.
De um evento com suas peças sendo usadas e doadas como homenagem a ceramista Hideko Honma, na cidade de Ribeirão Preto/SP
Em conjunto com o ceramista Roberto Schumaker, participou do desenvolvimento, do processo e execução de um copo temático usado pelo restaurante Subastor/SP
Da exposição "Vestir Cerâmica" 2ª edição, com curadoria de Cibele Nakamura no espaço New Gallery art contemporary/SP no primeiro trimestre/21 com a peça Minh'alma da coleção reconstruir.
"Nascida em Sertãozinho, SP e radicada em Ribeirão, Preto, SP, a arquiteta Diva Pellá (@atelie.divapella) encontrou na cerâmica um ponto de transformação em sua vida. “Minh’alma” (20 x 20 x 36 cm), realizada a partir da modelagem manual em placas de porcelana, com queima em forno elétrico a 1240°C, é construída como uma jornada vivencial, um livro em branco a ser preenchido por cada um. As irregularidades, fissuras, saliências, ausências ou excessos da peça expressam um permanente e dinâmico processo criativo. O resultado é uma peça em que os cheios e vazios dialogam permanentemente. Não se trata de buscar nela a perfeição estética, mas de reconhecer no seu processo a imperfeição existencial da arte e da vida. Reconhecer esse movimento no fazer e no observar torna a obra representativa dos desafios da criação visual e da caminhada existencial de todos nós.
Oscar D’Ambrosio"
Da mostra "Referências", com curadoria de Mirella Havir, espaço New Gallery art contemporary/SP no segundo trimestre/21 com a peça Minh'alma da coleção reconstruir.
Da exposição no espaço do restaurante Cosi/SP, com curadoria de Vera Simões, Galeria Verarte, com várias de suas peças da coleção reconstruir.
Está na revista "Garimpo Magazine” 2021
Faz parte do grupo de artistas da Galeria Verarte/SP com grande oportunidade para apresentar seu trabalho.
Da CASACOR/Ribeirão Preto, 2021, com uma de suas obras da coleção reconstruir, sendo um painel para um vão de 5m de altura x 2,50m de largura
Participações em:
Aulas com o ceramista Roberto Schumaker/2013-2020
Aulas com a ceramista Cibele Nakamura/2016
Aulas com o ceramista Leo Baruk/2021
Atualmente participa do grupo de estudo poéticas visuais com a artista Yolanda Cipriano
Ministrou vários workshops para pessoas interessadas em aprender a arte da cerâmica em seu próprio ateliê em Ribeirão Preto/SP
IEPÊ
O convite para integrar uma exposição comemorativa ao aniversário de 470 anos da cidade de São Paulo e escolher um bairro para homenagear, me fez relembrar memórias da infância. Escolhi o Bairro Ipiranga, apresentado por meus pais como uma parte da história do Brasil, contando o que ali tinha acontecido em sete de setembro de 1822 às margens de seu rio, me fazendo sonhar e estabelecer uma conexão direta com os livros de história que estudava na escola. O Rio Ipiranga, ou "rio vermelho" em tupi-guarani, é uma testemunha viva de eventos que moldaram a história da cidade e do país. Sua importância não se limita ao aspecto geográfico, mas também ao simbólico e emocional, que evoca o espírito de independência e a força do povo brasileiro. Seu nome pode ter diversas explicações, como as águas barrentas que o compõem ou até mesmo as tonalidades avermelhadas do pôr do sol estarem refletidas em suas águas. O conceito das peças que criei para a exposição é ancorado nos sentimentos de liberdade e autonomia. Fui até o rio de minha infância e moldei pétalas com o barro do Ipiranga. Coloquei uma sobre a outra, formando arranjos únicos. Para representar a terra fértil, pequenos brotos de plantas são inseridos em orifícios desenhados especialmente para acolher as novas vidas. O nome da série de peças que criei para a exposição é Iepê, “liberdade” em tupi-guarani.
Diva Pellá
O conceito adotado quando idealizei a coleção reconstruir veio de uma necessidade de buscar a beleza no imperfeito, como uma auto liberação das normas e padrões. Encantada com o possibilidade de interferir, desconstruir e recriar mas em um mundo onde as consequências poderiam ser apenas trincos e fissuras, enaltecidos com ouro quando acontecesse. Descobri que essa é a graça e a paixão que fará sempre parte do meu trabalho. E assim surgiu, dentro desta coleção, a Minha'Alma, peça criada com anéis/corpo, representando a trajetória da minha vida, onde começo, meio e fim junto com irregularidades, fissuras, saliências, falta e excesso se unem formando uma peça única com espaços cheios e cheio de espaços vazios, uma peça perfeita com toda sua imperfeição.